Você já ouviu os termos consumismo e minimalismo? Sabe as diferenças e curiosidades que cercam esses temas? Hoje vamos te explicar tudo.
Muitos ainda fazem parte de uma geração de consumo, que pode se caracterizar como imediatista e egoísta. Marcas lançam coleções novas todos os meses, aparelhos eletrônicos são descartados com facilidade e roupas são produzidas desenfreadamente. Mas afinal, o que é exatamente o consumismo?
Segundo o sociólogo e pesquisador Zygmunt Bauman, o consumismo pode ser definido como:
“ (…) O consumo é uma condição, e um aspecto, permanente e irremovível, sem limites temporais ou históricos; um elemento inseparável da sobrevivência biológica que nós humanos compartilhamos com os outros organismos vivos ou seja, o ato de consumir percorre a história da humanidade e é algo intrínseco a nós seres humanos.” (BAUMAN, 2008, p.37).
É notório que é através do consumismo que a divisão de classe acontece, separando os que podem ter dos que não conseguem ter. Sendo assim, o consumismo sempre existirá e fomentará a sociedade, pautando as “necessidades” que cada indivíduo tem. Necessidades essas que muitas vezes são induzidas e criadas com a publicidade, fantasiando a falsa sensação de necessário, de precisar daquilo a qualquer custo.
Dívidas, empréstimos, consignados. Tudo para conseguir ter o último smartphone.
Outra característica a ser analisada sobre o consumismo é a aprovação social, status. Às vezes a pessoa nem precisa de um carro novo, mas quer mostrar para sociedade que é bem sucedido, que tem o automóvel do ano, a roupa de marca e a bolsa importada. Reféns do consumo e da ideia de poder.
Sites chineses e de compra fácil estão ganhando cada vez mais visibilidade. Você entra para procurar uma coisa e percebe que comprou quatro, cinco vezes mais do que precisava. É tudo muito rápido, por vezes barato. Não há raciocínio, simplesmente aperta a tela e fim; comprei o que “precisava”.
Mas afinal, há uma maneira de consumir diferente?
A resposta é sim. Diferentemente do consumismo, o minimalismo traz a ideia de ter menos para ser mais. Menos roupas, menos livros, menos sapatos, menos utensílios domésticos, menos acessórios, pra ser mais livre, mais leve, mais organizado, mais fácil, ter mais espaço, ter mais propósito, enfim, ser mais.
Será que paramos para analisar a necessidade real daquela compra quando vamos comprar? Ou é tudo intuitivo e automático? Uma das raízes do minimalismo é o consumo consciente, que anda lado a lado dele. Algumas reflexões são essenciais para desenvolvermos a visão de consumo consciente. Algumas delas: Por que comprar? O que comprar? Como comprar? De quem comprar? Como usar? Como descartar? Esse produto poderá ser reciclado? Ele será descartado rapidamente?
O que o estilo minimalista quer é fazer refletir sobre o consumo, o pensar em todo o processo. Após comprar uma blusa, quanto tempo ela vai durar? Quando ficar velhinha, o que fazer com ela?
Todas essas etapas entre comprar, usar e descartar precisam ser consideradas em nosso dia a dia. Não podemos ser consumidos pelo consumismo, viver para comprar, se endividar e criar a falsa ilusão de que a felicidade está nos bens materiais.
Dica de documentários
Dica de documentário sobre o assunto: Desserviço ao consumidor. Lançado em 2019 pela Netflix e disponível na plataforma, o documentário traz questões sobre produtos falsificados, produção de lixo e farsa das propagandas e comerciais.
Outra indicação super bacana que engloba o tema é outra produção da marca. “Minimalismo: um documentário sobre as coisas que importam” também disponível na Netflix.
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