A sustentabilidade na moda tem relação das pessoas com o consumo vem mudando nos últimos anos. Hoje não compramos nas lojas só por gostar das peças, mas queremos nos envolver com as marcas sabendo mais sobre ela, sobre o que ela acredita e qual a origem de sua matéria-prima. Estamos ficando cada vez mais seletivos com as empresas de moda e preferimos comprar daquelas que realmente nos identificamos em relação ao estilo das peças, mas também na credibilidade, na origem de seus produtos e nos materiais utilizados.
Nesse sentido, estão surgindo muitas marcas que vêm demonstrando seus valores e alicerces para o público e estão fazendo isso sendo transparentes em relação a origem de seus materiais usados nas peças, principalmente quando estes são sustentáveis. Outra tendência que vejo nos últimos anos são vitrines com peças e materiais sustentáveis, mostrando para os consumidores o valor que a marca dá para a questão ambiental. A marca PANGAIA é um exemplo disso.
A PANGAIA é uma marca que surgiu na pandemia e é voltada unicamente a peças na linha sustentável. A empresa desenvolve pesquisas na área de materiais naturais e de tecnologia, com o intuito de aumentar a funcionalidade das roupas e reduzir os impactos ambientais. O objetivo da marca é deixar de utilizar materiais tóxicos e poluentes, que representam cerca de 60% das fibras têxteis atuais e pretendem utilizar não apenas o algodão orgânico, mas também fibras naturais de frutas, cânhamo, polpa de eucalipto, pó de algas e folhas secas.
A busca por materiais mais ecológicos e o investimento da indústria na inovação sustentável tem sido tão grande que a loja de departamento de luxo italiana, La Rinascente, convidou a PANGAIA para fazer suas vitrines durante o maior evento de moda de Milão, a Milano Fashion Week. Essa ação é um marco importante, visto que milhares de profissionais e turistas transitam pela cidade durante a semana de moda expandindo, assim, a importância de pensar, consumir e investir em sustentabilidade. As vitrines, eram simples, com uma única peça apresentavam sua tecnologia e através de uma nota explicativa adesivada no vidro que informava o público. As técnicas apresentadas falavam sobre a regeneração do solo, da fibra da maconha, dos tingimentos ecológicos e da solução a degradação rápida das peças mostrando que para adotar uma moda sustentável basta reeducar os hábitos de produção e descarte.
As vitrines da La Rinascente, chamaram a minha atenção por abordar a importância da moda sustentável na moda de um jeito simples, mas ao mesmo tempo educando o público, inclusive leigo, sobre os processos. Esse método representa um convite para repensarmos nossas atitudes em relação ao que usamos/compramos e um reforço na ideia de que o futuro da moda só será sustentável quando todos nos unirmos para essa direção, consumidores e indústria.
Créditos das fotos: https://www.nssgclub.com/it/fashion/29068/amanda-parkes-pangaia-rinascente-mfw22
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